A atleta de tiro esportivo treina seis dias da semana em busca do ouro
Foto: MPIX
Débora Campos, paratleta brasileira de tiro esportivo, não sabe ao certo quantas medalhas já conquistou em campeonatos passados, mas afirma com precisão as expectativas para os Jogos Rio2016: ser a melhor mulher da prova mista que participará. Além de ser pentacampeã brasileira em Pistola de Ar-feminino e recordista estadual, brasileira e das Américas na modalidade, ela é forte candidata ao pódio nas Paralimpíadas deste ano.
Publicado em 2 de agosto de 2016
Foto: MPIX
Débora Campos, paratleta brasileira de tiro esportivo, não sabe ao certo quantas medalhas já conquistou em campeonatos passados, mas afirma com precisão as expectativas para os Jogos Rio2016: ser a melhor mulher da prova mista que participará. Além de ser pentacampeã brasileira em Pistola de Ar-feminino e recordista estadual, brasileira e das Américas na modalidade, ela é forte candidata ao pódio nas Paralimpíadas deste ano.
A quase um mês para o início
dos Jogos, Débora dedica seis dias da semana aos treinos. Às quartas e
sextas-feiras, ela exercita a parte física, enquanto terças, quintas, sábados e
domingos são destinados apenas ao tiro. Essa rotina intensa é para participar
de duas provas: Pistola de ar 10m-feminino e Pistola Sport 25m-misto.
O interesse de Débora pelo tiro
surgiu depois dela ter sido atropelada, aos 11 anos de idade. Devido a uma
infecção óssea, a atleta teve a perna amputada e, por isso, ficou um
período sem sair de casa. Como distração, a então menina começou a brincar com
uma espingarda:
– Meu pai pegou uma espingarda
de chumbinho emprestada de um amigo e eu acabei brincando com ela, mirando nas
plantas de minha mãe. Foi daí que surgiu o interesse pelo tiro – explicou ela.
No entanto, apenas 22 anos
depois, em 2009, teve a oportunidade de conhecer o Tiro como esporte. Durante
uma conversa com um amigo, presidente de um clube de esporte adaptado, Débora
decidiu participar de um campeonato brasileiro que aconteceria em 30 dias.
Apesar de nunca ter manuseado uma arma de competição, ela ficou em primeiro
lugar na disputa.
– Decidi participar desse
campeonato brasileiro, mesmo sem nunca ter visto uma arma de competição antes.
Muitos me acharam louca e disseram que eu seria humilhada. Não me importei e
fui até o fim com minha decisão. Não desisti e fui campeã brasileira! – afirmou.
Hoje, aos 40 anos de idade,
Débora planeja escrever um livro. A atleta gostaria de mostrar como o esporte
impactou a trajetória de vida dela, graças à persistência e superação.
– Há algum tempo tenho o sonho
de escrever minha história. Eu sempre digo que o esporte mudou a minha vida.
Tive a oportunidade de conhecer outros países, culturas e, como atleta, aprendi
a ter a disciplina e a paciência que antes eu não tinha. Mas o melhor de tudo:
voltando de uma competição na Austrália, conheci o meu amor, que atualmente é
meu treinador (risos)! Hoje faço parte da história do Tiro Esportivo. Se nós
desistirmos no primeiro obstáculo, podemos perder muitas coisas boas que nos esperam
– finalizou ela, sorrind
Postado por Thom Erik Syrdahl
Fonte - http://noticiarioparalimpico.com.br/2016/08/debora-campos-mira-o-podio-dos-jogos-
paralimpicos-2016/
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