12/01/2016
Sai a frieza do leste europeu e
entra o calor humano sul-americano. É desta forma que a equipe de pistola do
tiro esportivo do Brasil vai se preparar nos sete meses que faltam para os Jogos
Olímpicos de 2016. Nesta segunda começou o trabalho do novo treinador dos
atletas olímpicos do país, o colombiano Bernardo Tobar. Aos 65 anos, ele ocupa
o lugar do búlgaro Lyuben Popov, que trabalhou por cerca de dois anos.
Tobar chegou ao centro de tiro
esportivo da Escola Naval respaldado pelos sete títulos em etapas da Copa do
Mundo e duas medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos como atleta. Foi
treinador de seu país nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, em Nanjing. No
próximo mês de agosto ele pretende conquistar uma medalha que não conseguiu em
quatro participações olímpicas. Em três oportunidades chegou à final. E três
será o número de atletas que vão defender o Brasil na pistola do Rio 2016:
Felipe Wu (pistola de ar) e Emerson Duarte (pistola de tiro rápido), já
garantidos, e Julio de Almeida, à espera da confirmação da vaga na pistola
livre. O trio conquistou três medalhas no Pan de Toronto: Felipe e Julio foram
ouro, e Emerson, prata.
Ao receber o convite da
Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), Tobar percebeu que o objetivo
era palpável:
- Foi uma retomada da minha
carreira esportiva. Quando me propuseram o trabalho vi que poderia fazer um bom
papel com os atletas daqui. A medalha olímpica foi a única que me escapou. Este
trabalho tem que ser uma continuação. Estamos a apenas sete meses dos Jogos e o
que dever ser feito são ajustes pequenos. É um tempo suficiente para se fazer
isso - disse Tobar.
Emerson perdeu a medalha de ouro
nos Jogos Pan-Americanos de Toronto por um ponto. Para ele, uma atenção maior
do treinador pode fazer a diferença.
- Ele tem uma experiência muito
grande. O fato dele ser da América do Sul ajuda, temos afinidade. Trabalhamos
com técnicos europeus por muito tempo. Tobar foi um grande atirador nas três
modalidades da pistola, tiro rápido, pistola de ar e pistola livre, o que é
muito difícil. Sabemos que não há milagre de em um ano, dois anos, melhorar o
resultado. Mas em um nível elevado um ponto pode significar uma medalha ou
classificação para a final. Um conselho de um técnico, uma orientação e uma
palavra pode acrescentar - disse.
Diretor técnico da CBTE, Ricardo
Brenck afirma que faltava ao búlgaro Popov um atendimento mais próximo, e que o
desafio da medalha moveu Tobar.
- Nós latinos precisamos não só
de um atendimento técnico, mas também pessoal, de proximidade, quando o atleta
em um momento de tensão pergunta (ao treinador) se está tudo bem. Popov não
conseguiu se adaptar a essa necessidade. Ele simplesmente não participava disso
e os atletas não aceitaram. O Bernardo era treinador na Colômbia, que é um país
pequeno no tiro esportivo. O único título que ele não tem é o olímpico. Ele
aceitou nosso convite como desafio e só veio porque enxergou a possibilidade de
medalha dos três atletas.
O tiro esportivo tem três
disciplinas: carabina, pistola e tiro ao prato. Ao todo, distribui 45 medalhas
nos Jogos Olímpicos. O Brasil já tem vaga nos Jogos com Renato Portela e
Daniela Carraro, no Skeet, Roberto Schmits e Janice Teixeira na fossa olímpica,
e Cassio Rippel na carabina.
Por: oglobo.globo.com
Postado por Thom Erik Syrdahl
Fonte - Site da CBTE - Reportagem de O Globo
Obs.Emerson não perdeu a medalha de ouro em Toronto conforme a reportagem, Apesar de ter sido Medalha de ouro, ele não não ganhou a Cota Olímpica por não ter alcançado o MQS (Indice Mínimo de Qualificação) que é de 540 pontos durante a série de Qualificação, sua pontuação foi de 539 pontos.
Thom Erik Syrdahl.
Nenhum comentário:
Postar um comentário