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quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Melhores do mundo desabafam sobre má fama do tiro: 'É esporte, não violência'
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 00h23 - Atualizado em 17.10.2013 às 02:00
Da reportagem

 Geraldo Von Rosenthal é um dos brasileiros que estão como líderes do ranking mundial (Foto: Divulgação)
Para se ter reconhecimento em um esporte, resultados, ídolos e bom exemplo podem às vezes não ser o suficiente. Quebrar famas negativas chega a ser um grande desafio em alguns casos, ainda que não haja um culpado para isso. É o que aconteceu com o tiro esportivo, ao menos no Brasil. Dissociar-se da relação entre armas e violência tem sido difícil até para os campeões do tiro esportivo, que fazem uso das armas, mas por esporte e bem feito no cenário paraolímpico.

"Uma arma na mão de um esportista, que sabe e respeita as regras de segurança e só vai usá-la para competir e treinar, o tiro é saudável. Mas se tiver com alguém irresponsável, aí pode sair gente machucada ou morta", resume o campeão mundial de tiro esportivo paraolímpico, Geraldo Von Rosenthal.
A declaração do esportista resume bem a diferença entre esporte e violência. Poderia servir até como exemplo contrário ao do que se vê nas notícias policiais, mas para ele, o público ainda tem preconceito contra a modalidade. Não à toa, a presença de novos atletas é discreta no Brasil.
Mas isso chega a ser preocupante, principalmente no atual momento da modalidade, no meio paraolímpico. Com três atletas como melhores do mundo em suas classes, a condição seria favorável para promover o esporte, atrair patrocinadores, recursos... Mas esse estigma negativo pode impedir que os campeões colham os frutos, como esperado.
"Tinha até uma propaganda que dizia: 'quem usa arma é polícia ou bandido. Se você não é polícia, não use arma'. Isso fica na cabeça das pessoas e elas fazem um paralelo, quando falam em arma, se pensa em bandidagem, violência, o que prejudica muito", lembra Geraldo, que completa:
"Nem patrocínio se consegue, porque as empresas não querem veicular sua marca ao lado de um esporte com fama de violento. Mas em mais de dez anos, nunca vi alguém alcolizado em estande de tiro, nem vi ninguém se machucar, ou machucar alguém, muito menos nenhum atleta envolvido em qualquer espécie de crime".
Ele vai além e explica que o processo para se adquirir uma arma nos padrões legais é bastante complexo. Se exige habilidade, licença e conhecimento para manuseá-la corretamente. "Essa coisa de arma disparar por engano é balela. Só dispara se alguém apertar o gatilho".
Com o bom momento vivido por ele e seus colegas de tiro paraolímpico, vive-se a expectativa de mudar a má imagem que o esporte adquiriu. Fala-se muito que o paradesporto funciona como uma quebra de barreiras sociais. Que aconteça mais uma, então, neste ciclo olímpico.
Postado por Thom Erik Syrdahl

Fonte  WWW. PARATLETABRASIL.COM.BR

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